NORMAS CBRV PARA AVALIAÇÃO DA DISPLASIA COXOFEMORAL E DE COTOVELOS EM CÃES

Orientações Gerais:
As imagens podem ser produzidas por qualquer Médico Veterinário regularmente inscrito no CRMV do seu estado e enviadas para avaliação e certificação de displasia coxofemoral e de cotovelos pelo CBRV com valia mundial.

Só serão aceitas para avaliação imagens radiográficas no formato DICOM (.dcm) e encaminhadas via portal específico no site da Associação Brasileira de Radiologia Veterinária pelo link:

Enviar pedido de exame

Segue o link com um tutorial de como proceder com o envio:
Tutorial para envio de pedidos de exames

As imagens e documentos devem ser encaminhados pelo Médico Veterinário que realizou o exame ou Proprietário/Tutor/Responsável Legal pelo Animal; e as informações contidas neles são de responsabilidade do Médico Veterinário que fez a conferência dos dados dos animais incluindo a identificação por leitura do microchip.

Para que as imagens sejam aceitas pela Comissão de Avaliação do CBRV, deve-se seguir à risca os critérios de identificação, contenção e posicionamento dos pacientes. Os critérios encontram-se listados nas seções específicas abaixo.

A comissão avaliadora, composta por membros do CBRV, avaliará primeiramente a qualidade do exame radiográfico para o diagnóstico de displasia, e caso não obedeça aos padrões técnicos estabelecidos poderá ser classificado como não adequado para avaliação. O responsável pelo envio das imagens será informado da não adequação do exame pelo e-mail informado no momento do registro/up-load do exame.

As imagens radiográficas e a documentação ficarão retidas no banco de dados do CBRV e não serão devolvidas ao proprietário ou veterinário que realizou o exame.

I – Documentação necessária:

  1. Cópia do Pedigree do animal (Arquivo em formato .pdf).
  2. Termo de responsabilidade do proprietário/tutor/responsável legal pelo animal preenchido e assinado (Arquivo em formato .pdf).
  3. Termo de responsabilidade do Médico Veterinário preenchido e assinado (Arquivo em formato .pdf).
  4. Comprovante de pagamento eletrônico (Arquivo em formato .pdf).

II – Taxas de avaliação:

  1. A taxa de avaliação do CBRV para certificação de displasia coxofemoral é de R$ 60,00.
  2. A taxa de avaliação do CBRV para certificação de displasia dos cotovelos é de R$ 75,00.
  3. A taxa de avaliação do CBRV para certificação de displasia coxofemoral e de cotovelos é de R$ 120,00.

III – Para o Exame e Certificação de Displasia Coxofemoral

Idade de avaliação dos animais:
Avaliação preliminar: a partir de 12 meses de idade.
Avaliação definitiva: a partir de 24 meses de idade.

Pré-requisitos dos animais:
Os animais devem possuir pedigree com número de registro e microchip de identificação.

Lembrete: Se o animal não tiver identificação por microchip o mesmo deve ser microchipado no momento do exame.

Contenção dos animais:
É obrigatória a contenção química (sedação e/ou anestesia) dos pacientes mediante a utilização de associações farmacológicas capazes de determinar o relaxamento muscular do animal, com a finalidade de assegurar a qualidade técnica desejável do exame e o conforto do paciente.

Identificação do exame radiográfico:
Na identificação indelével do exame (imagem radiográfica) deverá constar o número de registro do pedigree, número de Microchip, Data de nascimento e identificação da articulação coxofemoral direita.

 

Qualidade da imagem radiográfica:
A qualidade da imagem radiográfica será verificada em relação ao contraste adequado observando-se se há condições para avaliação da trabeculação óssea das cabeças e colos femorais e ainda, a definição precisa das margens das articulações coxofemorais, especialmente as bordas acetabulares dorsais vistas por sobreposição através das cabeças femorais.
O receptor de imagem deve ser adequado às dimensões do animal para quer toda a área de interesse do exame seja concluída na imagem.

Posicionamento radiográfico:
O posicionamento radiográfico exigido pelo CBRV é o mesmo preconizado e padronizado mundialmente para o diagnóstico de displasia coxofemoral.

O animal deve ser colocado em decúbito dorsal com os membros pélvicos estendidos, paralelos entre si e em relação à coluna vertebral e com uma leve rotação interna para sobrepor as patelas aos sulcos trocleares (as patelas devem aparecer na imagem radiográfica em uma posição entre os côndilos femorais). Deve ser buscada a simetria entre as hemi-pelves e forames obturadores.

Toda a pelve, fêmures e joelhos devem estar presentes na imagem radiográfica.

Anexo (posicionamento radiográfico):
Exemplo de imagem radiográfica produzida realizando-se o posicionamento correto do animal:

Laudo radiográfico:
O CBRV adotou os critérios de avaliação da Federation Cynologique Internationale (FCI) quanto à graduação das articulações coxofemorais classificando os animais das seguintes formas:

Grau A: Articulações coxofemorais normais (H.D. -)
Grau B: Articulações coxofemorais próximas do normal (H.D. -/+)
Grau C: Displasia coxofemoral Leve (H.D. +)
Grau D: Displasia coxofemoral moderada (H.D. ++)
Grau E: Displasia coxofemoral grave. (H.D. +++)

IV – Para o Exame e Certificação de Displasia do Cotovelo

Idade de avaliação dos animais:
A partir de 12 meses de idade.

Pré-requisitos dos animais:
Os animais devem possuir pedigree com número de registro e microchip de identificação.

Observação: Se o animal não tiver identificação por microchip o mesmo deve ser microchipado no momento do exame.

Contenção dos animais:
Com a finalidade de assegurar a qualidade técnica desejável do exame e conforto para o animal é recomendado a contenção química dos pacientes.

Identificação do exame radiográfico:
Na identificação indelével do exame (imagem radiográfica) deverá constar o número de registro do pedigree, número de Microchip, Data de nascimento e identificação da articulação direita e esquerda.

Qualidade da imagem radiográfica:
Há necessidade de mínima qualidade técnica das imagens geradas, onde se faz necessário a avaliação dos contornos do úmero, do processo ancôneo, das estruturas do processo coronoide medial da ulna e a trabeculação óssea da incisura troclear da ulna. A sobreposição da porção lateral e medial do còndilo umeral deve estar bem definida.

Imagens superexpostas ou subexpostas, ou seja,  sem a definição das estruturas dos tecidos moles ou sem a definição de contornos das estruturas osteoarticulares não serão aceitas para avaliação. Também não serão aceitas para avaliação as imagens com desvios angulares no posicionamento em relação ao feixe primário.

Posicionamento radiográfico:
O posicionamento radiográfico exigido pelo CBRV é o mesmo preconizado e padronizado mundialmente para o diagnóstico das diferentes causas da displasia do cotovelo, tendo como referência o consenso do IEWG – International Elbow Working Group.

Incidência mediolateral flexionada: O animal deve ser colocado em decúbito lateral com o cotovelo centralizado sobre cassete radiográfico e hiperflexionado (aproximadamente 45º), com o raio central posicionado sobre a articulação do cotovelo, superposição concêntrica dos côndilos umerais e colimação adequada incluindo de ⅓ a ⅔ do úmero, rádio e ulna.

Incidência mediolateral estendida: O animal deve ser colocado em decúbito lateral com o cotovelo centralizado sobre o cassete radiográfico e em completa extensão – ângulo articular de aproximadamente 120°; raio central posicionado sobre a articulação do cotovelo, superposição concêntrica dos côndilos umerais e colimação adequada incluindo de ⅓ a ⅔ do úmero, rádio e ulna.

Incidência craniocaudal: O animal deve ser colocado em decúbito ventral/esternal com o membro torácico estendido centralizado sobre o cassete radiográfico, a cabeça e pescoço hiperestendidos, raio central posicionado sobre a articulação do cotovelo e colimação adequada incluindo de ⅓ a ⅔ do úmero, rádio e ulna.

Recomendações de projeções adicionais para melhor avaliação de Processo Coronóide Medial (IEWG) a critério do Médico Veterinário.

Incidência craniocaudal pronada 15º: O animal deve ser colocado em decúbito ventral/esternal com o membro torácico rotacionado medialmente em 15 graus e centralizado sobre o cassete radiográfico, a cabeça e pescoço hiperestendidos, raio central posicionado sobre a articulação do cotovelo e colimação adequada incluindo de ⅓ a ⅔ do úmero, rádio e ulna.

Incidência mediolateral supinada em 35º: O animal deve ser colocado em decúbito lateral com o cotovelo centralizado sobre o cassete radiográfico e em ângulo articular de aproximadamente 90°; deve ser realizado elevação da porção distal do rádio e da ulna em 35°, rotacionando externamente os metacarpos e falanges em 40°. O raio central posicionado sobre a articulação do cotovelo, superposição concêntrica dos côndilos umerais e colimação adequada incluindo de ⅓ a ⅔ do úmero, rádio e ulna.

3.1 Anexos (posicionamento radiográfico):
Exemplo de imagem radiográfica produzida realizando-se o posicionamento correto do animal para a incidência mediolateral flexionada, mediolateral estendida e mediolateral supinada 35°:

Fonte: Haudiquet et al. Use of the distomedial-proximolateral oblique radiographic view of the elbow joint for examination of the medial coronoid process in dogs. AJVR, Vol63, No7, 2002.

Exemplo de imagem radiográfica produzida realizando-se o posicionamento correto do animal para a incidência craniocaudal e craniocaudal pronada 15º:

  1. Laudo radiográfico:
    O CBRV adotou os critérios de avaliação do International Elbow Working Group (IEWG) e gradua as articulações do cotovelo pela presença de doença primária e/ou sinais de doença articular degenerativa que possam estar associados às causas mais comuns da displasia do cotovelo.

Grau 0: Articulação cubital normal.
Grau 1: Artrose leve.
Grau 2: Artrose moderada ou lesão primária suspeitada.
Grau 3: Artrose grave ou lesão primária evidente

  1. Certificados:
    As radiografias passam pela avaliação criteriosa e individual de três membros do CBRV para emissão do certificado que possui validação mundial. O certificado será enviado para o endereço eletrônico cadastrado no envio das imagens.
  2. Comissão de avaliação:
    Consulte esta informação no site da ABRV, na aba do Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária.

 

Para maiores informações, favor enviar um e-mail para comissaodisplasiacbrv@gmail.com